Evento conta com palestras públicas e capacitação para mergulhadores
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Fernando de Noronha vai realizar, entre os dias 13 e 15 de agosto, a Semana do Peixe-Leão. Durante o evento, que visa promover educação ambiental e manejo adequado da espécie exótica invasora, será apresentado o Plano de Ação para Controle e Monitoramento da Bioinvasão do Peixe-leão em Pernambuco.
O primeiro avistamento de peixe-leão em Fernando de Noronha foi em 2020. Desde então, os registros aumentaram exponencialmente, tornando necessário capacitar novos mergulhadores para manejar essa espécie invasora, que é considerada uma das mais danosas à fauna marinha.
A programação será dividida em três dias. No primeiro dia, haverá palestras abertas aos moradores sobre o peixe-leão, além da apresentação dos resultados das primeiras análises. “Vamos apresentar os resultados das análises de tudo que já fizemos sobre os peixe-leão de Noronha, como por exemplo, o que estão comendo, se estão com parasitas e como se reproduzem”, disse Pedro Pereira, pesquisador do Projeto Conservação Recifal.
No segundo dia, o foco será na capacitação dos mergulhadores, com aulas teóricas e práticas na Praia do Porto. Serão oferecidas 30 vagas para a capacitação, exigindo que o mergulhador seja, no mínimo, do nível avançado. A inscrição pode ser feita através do formulário online (clique aqui).
Já no terceiro e último dia do evento, 15 de agosto, será realizada uma operação de mergulho para captura do Peixe-leão com os staffs das operadoras de Fernando de Noronha. O encerramento do evento será no restaurante Mirante do Boldró.
O evento é uma iniciativa da Área Temática de Pesquisa do ICMBio-FN, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Projeto Conservação Recifal e Administração de Fernando de Noronha.
Peixe-Leão
A espécie exótica invasora teve origem na região oceânica do Indo-Pacífico e se espalhou para várias partes do mundo, como o Caribe, o Golfo do México e o Oceano Atlântico. Acredita-se que a introdução do peixe-leão seja resultado de atividades humanas, como a liberação de peixes de aquários no mar.
O peixe-leão não tem predador natural e chega a comer até vinte peixes a cada meia hora. Além disso, tem a capacidade de se reproduzir rapidamente, podendo colocar até 30 mil ovos de uma vez.
O manejo da espécie é feito através da captura durante as operações de mergulho com cilindro. Como a pesca com arpão é proibida no Arquipélago de Fernando de Noronha, os pesquisadores do ICMBio desenvolveram um equipamento específico para a captura do peixe-leão.
Plano de Ação para Controle e Monitoramento
O Plano de Ação para Controle e Monitoramento da Bioinvasão do Peixe-leão em Pernambuco foi elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas), em parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). A equipe do ICMBio participou das oficinas de elaboração do estudo, cujo objetivo é controlar o processo de bioinvasão do peixe-leão na região costeira e oceânica do estado, visando garantir a conservação da biodiversidade nativa e a manutenção das práticas socioeconômicas.
Programação:
Por Giselle Vasconcelos - comunicação ICMBio Noronha
