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Foto do escritorICMBio Noronha

Pesquisadora da UFPE investiga história evolutiva do Sebito e da Cocuruta de Noronha

Material genético e peças coletadas integrarão a coleção da UFPE para acesso da comunidade científica.


Fotos: Clarissa Paiva

Valéria Torrado, aluna de biologia da UFPE que pretende descobrir a origem evolutiva das aves endêmicas de Noronha.

Uma pesquisa iniciada neste mês com as aves endêmicas de Noronha, Sebito (Vireo gracilirostris) e Cocuruta (Eleanya ridleyana), pretende descobrir os parentes próximos dessas espécies que só existem no Arquipélago. Este estudo genético que investiga a história evolutiva compara DNA e RNA desses animais com outras espécies do mundo para descobrir, por exemplo, de qual continente a espécie originária veio, e supor que tipo de habilidades foram desenvolvidas ao longo do tempo até que surgissem as espécies de aves endêmicas da Ilha. 


O estudo é a tese de conclusão da pesquisadora do curso de biologia da UFPE, Valéria Torrado, orientada pelo Prof. Doutor Luciano Naka. Há indícios de que o Sebito-de Noronha tenha origem no continente brasileiro, mas que a Cocuruta possa ter evoluído de espécie presente no Caribe. 






O projeto Aves de Noronha é parceiro da pesquisa.

A pesquisa conta com parceria do projeto Aves de Noronha, que desde 2018 faz coleta de dados, anilhamento, identificação e monitoramento dessas aves. As bióloga Geisiane Maiara e Larissa Amaral, integrantes do projeto, destacam outros ganhos deste estudo: “Como as amostras estão sendo colhidas de várias partes do Arquipélago, será possível também estudar a diversidade genética da população de cada espécie, o que pode até alterar o status de ameaça de extinção. Hoje elas são classificadas como vulneráveis, mas a situação real pode ser mais crítica” – explica Geisiane. A diversidade genética confere à espécie mais chances de sobreviver: “Quanto menor a diversidade da população, maior o risco, porque doenças e a possibilidade de ‘acidentes’ genéticos’ podem dizimar uma população pequena como esta” – complementa Larissa.


O ICMBio é o órgão que concede as licenças para os estudos e coletas amostrais dos indivíduos, e apoia a realização de estudos como estes, que buscam resposta para perguntas em aberto e que podem subsidiar novas estratégias de conservação ambiental diante de desafios como risco de extinção e mudanças climáticas, por exemplo.


Para conhecer mais e se encantar: 

No último sábado de cada mês o Projeto Aves de Noronha realiza nas trilhas do Sancho o “Vem Passarinhar” – uma trilha de observação de aves gratuita acompanhada da equipe do projeto, com material informativo e binóculos. Ao longo de mais de uma hora, os participantes são apresentados às aves endêmicas da Ilha e a espécies de aves marinhas que vivem na Ilha e podem ser vistas com facilidade na região do Sancho. Uma delas, o atobá-de-pé-vermelho (Sula sula) está ameaçada de extinção. Não é necessário agendamento prévio. 

Para quem não está na Ilha mas se interessa pelo assunto, também é possível aprender mais acompanhando o instagram @avesdenoronha


Fotos: Clarissa Paiva e Lucas Godoy




Por Clarissa Paiva - comunicação ICMBio Noronha




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